Estes dois conceitos podem parecer a princípio muito distantes, até mesmo antagônicos. Entretanto na minha cabeça os dois não só podem, mas devem caminhar juntos. Uma frase que muito me agrada, do Mestre DeRose diz assim:
“A liberdade é o nosso bem mais precioso.
No caso de ter que confrontá-la com a disciplina,
se esta violentar aquela, opte pela liberdade.”
Ótimo, agora imagine se você não tiver que confrontar sua disciplina com a liberdade. Se você conseguir usar a sua disciplina para obter ainda mais liberdade. Desta forma, sendo disciplinado você estará exercendo sua liberdade! Você sabe, ter liberdade não é andar de carro conversível em alta velocidade, não é pular de para-quedas, e muito menos você fazer o que quiser.
Liberdade para mim é você ter capacidade e lucidez para escolher entre aquilo que você quer fazer, e aquilo que precisa ser feito. (leia também este post do Marco)
E isto exige auto-estudo, determinação e disciplina. É muito mais fácil seguir a multidão, fingir que faz as próprias escolhas, deixar-se levar sem nenhuma disciplina, perdendo desta forma cada vez mais sua liberdade. Não é clara esta relação entre as duas? No entando para que esta relação seja harmônica é preciso que a disciplina seja encarada da forma certa. Não com repressão, mas sim como uma opção, uma escolha consciente e direcionada para seus objetivos.
Abaixo reproduzo um trecho do livro Cem dias entre o céu e o mar, de Amyr Klink. No grande feito do autor (ele atravessou o Oceano Atlântico remando) criaram-se metáforas que podem ser aplicadas de forma exata nas nossas vidas. Foi este pequeno texto que motivou o post:
“Ao se caminhar para um objetivo, sobretudo um grande e distante objetivo, as menores coisas se tornam fundamentais. Uma hora perdida é uma hora perdida, e quando não se tem um rumo definido é muito fácil perder horas, dias ou anos, sem se dar conta disso. O mínimo progresso que conseguisse fazer era importante, ainda que fosse de centímetros apenas. Com o tempo eu acumularia todos os progressos e os centímetros se transformariam em quilômetros. E percebi como é simples conseguir isso. Nada de sacrifícios extremos ou esforços impossíveis. Nada de grandes sofrimentos. Ao contrário, bastava apenas o simples, minúsculo e indolor esforço de decidir. E ir em frente. Então, tudo se tornava mais fácil. Os problemas encontravam solução…”
Venho pensando a respeito de concessões…havemos de permitir ao outro o usufruto de sua liberdade (de escolha, de atitude…) e para tanto, é necessário esclarecer todas as minúcias, linhas e entrelinhas a todas as partes – pessoas participantes de quaisquer fatos!! Roubamos por vezes esse direito à liberdade? Quando deixamos de contar trechos da história, ou quando agimos em coerência com nossos próprios desejos e só depois esclarecemos todos os pormenores aos outros participantes??? Continuo pensando…observando e agindo em concordância!!! Ahimsá! Satya! Ashtêya! E SwáSthya!!!
Oi, interessante teu blog, viajando pela internet, paraphysics, parafísica, encontro um curitibano que se interessou pelo jogo de ligar os pontos, pela parafisica, e encotnrei seu blog, e este ultimo texto foi em boa hora encontrado, estou entre disciplina e liberdade na escolha da minha vida profissional….tá dificil! Aloha!
O esforço de decidir.
Abraços.
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